Rogério Nunes apresentou balanço de cooperações com China, Malásia e outros países durante Jantar Anual do setor, em Brasília

28 de novembro de 2025
O mercado mundial de semicondutores deve encerrar 2025 com faturamento próximo de US$ 750 bilhões, impulsionado pela demanda crescente em infraestrutura de inteligência artificial, servidores e data centers. Nesse cenário de expansão acelerada, o setor brasileiro tem ampliado sua presença internacional — um movimento no qual a Zilia Technologies desempenha papel central.
Durante o Jantar Anual do setor, realizado em 25 de novembro em Brasília, Rogério Nunes, presidente da Zilia Technologies e também da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), apresentou um balanço das iniciativas de internacionalização conduzidas ao longo de 2025.
O encontro reuniu representantes do Governo Federal, do Congresso Nacional, embaixadas e entidades empresariais. Entre os presentes estiveram Henrique de Oliveira Miguel, Secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI; Uallace Moreira Lima, Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC; o Ministro Eugenio Vargas Garcia, Diretor de CT&I do Ministério das Relações Exteriores; o Embaixador da Malásia no Brasil, Mohammad Ali Bin Selamat; Alfredo Schu, Diretor Econômico de Representação de Taiwan no Brasil; além dos deputados Vitor Lippi e Pauderney Avelino e do senador Izalci Lucas.

Avanços nas parcerias internacionais
Entre os destaques apresentados por Nunes está a cooperação com a China Semiconductor Industry Association (CSIA), que resultou na vinda de uma delegação chinesa ao Brasil em abril, ampliando o diálogo institucional e oportunidades de negócios.
Outro marco foi a assinatura do Memorando de Entendimento com o RISC-V Development Working Committee, órgão da China Electronics Standardization Association. O RISC-V, arquitetura aberta de processadores, permite o desenvolvimento de chips sem dependência de licenças proprietárias e tem ganhado relevância global como alternativa estratégica para países que buscam ampliar sua autonomia tecnológica.
“A importância do RISC-V para o Brasil reside em seu potencial de contribuir para a independência tecnológica nacional em semicondutores”, destacou Nunes. “Com isso, possibilita reduzir a dependência de fabricantes estrangeiros e promover inovação em áreas como supercomputação e inteligência artificial.”
Cooperação com a Malásia avança e atrai novos investimentos

A parceria com a Malásia também registrou avanços significativos. Engenheiros brasileiros participaram de uma etapa internacional de capacitação pelo Programa CI Inovador, e foi anunciada uma joint venture entre a Tellescom e uma empresa malaia para implantação de uma fábrica de encapsulamento e teste de chips na região metropolitana de Porto Alegre — um passo importante para a diversificação e expansão da indústria nacional.
Além disso, a Abisemi mantém tratativas com entidades de semicondutores de outros países asiáticos, ampliando o diálogo com ecossistemas estratégicos para a cadeia global.
Novos mercados e programas estruturantes Nunes também destacou oportunidades em novos mercados, como o setor automotivo, que contou em 2025 com a publicação da consulta pública sobre Painel de Instrumentos Digitais para Veículos Automotivos.
Outra frente estratégica é a participação do Brasil na era dos Hyperscale Data Centers voltados à inteligência artificial, prevista no Programa Redata. Segundo o presidente, a presença nacional só será efetiva se o país também avançar na manufatura de servidores e semicondutores críticos, como memórias de armazenamento.
O setor também aguarda a regulamentação do Programa Brasil Semicon, publicado em 2024, considerado fundamental para fortalecer a capacidade nacional em design, pesquisa, desenvolvimento e manufatura de componentes avançados.
Zilia Technologies: indústria nacional em expansão
Líder brasileira no setor de semicondutores, a Zilia Technologies reúne quase 30 anos de atuação e opera unidades industriais em Atibaia (SP) e Manaus (AM), onde fabrica anualmente cerca de 250 milhões de chips e 7 milhões de módulos de memória — incluindo eMMC, eMCP, UFS, DRAM IC, DDR5, LPDDR5X e SSD PCIe Gen4.
Com parcerias estratégicas com fabricantes globais, laboratório avançado de P&D e profundo conhecimento das regulamentações PPB e PADIS, a empresa integra de forma ativa o desenvolvimento da indústria nacional e a ampliação da presença do Brasil na cadeia global de semicondutores.
Conduzindo a um futuro mais inteligente.